2016 | Produção Seller Danza
Século XVI. No dia do seu casamento, ela desapareceu — sem deixar rasto. Séculos depois, os seus restos mortais foram descobertos escondidos atrás de uma parede. O corpo silenciado revela agora uma história real de confinamento, imposição e apagamento.
Nesta criação, inspirada num caso verídico, o corpo é o fio condutor de uma narrativa que expõe as consequências da falta de liberdade, da repressão e da negação de identidade.
Assim, damos forma a uma presença que foi anulada — mas que insiste em existir. Através de uma linguagem coreográfica intensa, física e emotiva, a peça convida o público a confrontar-se com os mecanismos de poder que, ontem como hoje, tentam moldar o ser humano à força.
Originalmente encomendada por Karen Peterson and Dancers, esta obra é agora retomada pela Seller Danza num universo onde o corpo fala, resiste e reclama o direito de ser.